onde conheci tristezas
descobri alegrias, amei e desamei
onde senti medo e arranjei coragem.
Adeus ao lugar onde plantei e colhi
onde as crianças se criaram
e criaram asas e tomaram rumo
e que rumo, nem sei.
Adeus ao lugar, às fases da lua e às
minhas
às paredes onde rabisquei, onde presenti
às paredes dos segredos, àquelas onde dei
cabeçadas
de quebrar os cantinhos e onde hei de
voltar
Adeus aos pensamentos, que aqui ficam
e aos que insistem em me acompanhar
às dores, aos sabores, que como as cores,
persistirão na alma
Adeus aos pássaros
e ao abacateiro, que cresceu
que produziu, que envelheceu,
tal qual a mim
(Clóvis Bujes)